Meio Ambiente São Sebastião

Em expedição a Alcatrazes, órgãos ambientais retiram mais de 20 mil colônias de corais que ameaçam biodiversidade

Tamoios News
Foto: WWF-Brasil

Espécies como o coral-sol se reproduzem por meio da liberação de larvas pelos coralitos até se fixarem em costões rochosos como Alcatrazes

Por Gustavo Nascimento, de São Sebastião

O Arquipélago de Alcatrazes, em São Sebastião, recebeu recentemente uma ação conjunta de pelo menos três órgãos ambientais para retirada parcial de espécies que podem comprometer a biodiversidade do local.

Em expedição promovida pela WWF-Brasil, o ICMBio e o Cebimar, foram retiradas mais de 20 mil colônias de corais do mar, batizadas como “coral sol”, devido à sua cor. Segundo os ambientalistas, a ameaça silenciosa é uma predadora no oceano Atlântico e compromete a vida de outros corais nativos, peixes, algas e animais.

De acordo com a WWF-Brasil, um grupo de pelo menos 20 pessoas, incluindo voluntários, participaram da expedição. Segundo informou, foram autuados dois barcos que faziam uso irregular da unidade de conservação.

“As espécies que vem surgindo em Alcatrazes são do tipo Tubastraea tagusensis, de origem equatorial, e Tubastraea coccinea, vinda do Indo-Pacífico. Ambas têm alto poder danoso ao meio ambiente, já que roubam o espaço e os subsídios de outros corais, dificultando a vida de diferentes tipos de espécies marinhas”, explicou a WWF em nota.

Procurados pela reportagem do Portal Tamoios News, tanto a WWF-Brasil quanto o ICMBio em São Sebastião pretendem manter a parceria este ano para a continuidade de ações conjuntas e eliminação do coral-sol.

Em 2016, o Arquipélago dos Alcatrazes tornou-se Refúgio de Vida Silvestre. A decisão foi resultado de uma antiga luta de ambientalistas e gera não só mais segurança a esse patrimônio brasileiro, mas também abre a possibilidade para que no futuro ocorra a visitação sustentável do local.

Foto: WWF-Brasil

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