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Ação sindical paralisa entrada de trabalhadores na UTGCA

Tamoios News
Divulgação

Esta é segunda ação realizada no mês, contra empresas terceirizadas que não mantêm acordo com o SINTRICON

 

Por Adriana Coutinho

Uma paralisação de funcionários da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA) ocorreu nesta quarta-feira (18), na região sul de Caraguatatuba e impediu o acesso de grande parte dos trabalhadores de empresas terceirizadas.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Mobiliário e Montagem Industrial de São José dos Campos e Litoral Norte (SINTRICON) a ação ocorreu devido ao fato da empresa terceirizada G&E negar-se a assinar o acordo coletivo que beneficiaria os seus colaboradores. O ato também se deve à demissão de três funcionários desta mesma empresa desde a última semana. O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (SindiPetro-LP) também esteve presente no local.

“Devido a paralisação, funcionários de praticamente todas as empresas terceirizadas foram impedidos de entrar para trabalhar na Unidade de Tratamento de Gás em Caraguatatuba e as demissões ocorreram por conta das adesões dos funcionários às manifestações que vem se desenrolando nos últimos dias dentro da UTGCA. O movimento de hoje foi no sentido de paralisar novamente e fazer uma assembleia com eles para dar continuidade à greve devido às demissões” comenta Tiago Nicolini, diretor do Sindipetro.

“O Sindicato dos Petroleiros sempre presta o apoio e solidariedade, mesmo representando os empregados próprios da Petrobras, quando há qualquer movimento, nós acompanhamos e apoiamos” – comenta.

Agressões ocorreram contra dois bombeiros, funcionários da INFOTEC, empresa contratada, que tentaram ultrapassar a barreira para adentrar o local de trabalho. Segundo informações do sindicato, as agressões foram entre os próprios trabalhadores que tentaram bloquear a passagem dos colegas. Viaturas da Polícia Militar estiveram no local, visando manter a ordem.

A Polícia Militar acompanhou as manifestações

Questionado sobre agressões durante a paralisação, Nicolini conta não estava presenciou a situação – “Não presenciei. Mas tudo logo se acalmou. A gente lamenta o ocorrido, não é uma situação confortável para ninguém, também ficamos preocupados com as agressões, pois não trabalhamos desta forma. A gente sempre trabalha com convencimento” – Segundo ele, a maioria dos funcionários das terceirizadas não conseguiram entrar para trabalhar neste dia.

Segundo João Paulo Pereira (JP), vice-presidente do SINTRICON – “A postura da empresa G&E é a mesma da INFOTEC – insistem em dizer que as atividades realizadas pela empresa dentro da UTGCA não se encaixam dentro da cobertura do SINTRICON”. O sindicalista conta também, que essas são as duas únicas empresas dentro da UTGCA que até o momento ainda não assinaram o acordo coletivo visando proporcionar benefícios para seus funcionários.

A G&E é uma empresa de montagem e manutenção industrial, sediada na Bahia, com atuação nacional nas áreas de petróleo e gás, petroquímica, energia, siderurgia e celulose. Até o momento do fechamento desta matéria, não recebemos retorno da G&E Manutenção e Serviços Ltda sobre o ocorrido.

Sobre a manifestação realizada nessa manhã, a Petrobras esclarece que, no desenvolvimento de suas atividades, realiza a contratação de prestação de serviços e que a seleção de profissionais. Assim como a definição de salários, é de responsabilidade das empresas contratadas. A Petrobras repudia qualquer ato de violência contra empregados, próprios ou das empresas prestadoras de serviço, assim como o impedimento ao acesso dos mesmos às instalações da companhia. A UTGCA opera normalmente, de acordo com os princípios de segurança, meio ambiente e saúde que norteiam as ações da companhia.

A manifestação na porta da UTGCA gerou trânsito no local

2 Comentários

  • É lamentável que o jornal não procure as partes envolvidas para ouvir os dois lados pois na verdade quem apanhou foi os dois Bombeiros que chegaram para trabalhar e em nenhum momento quis furar o movimento, sendo derrubado de suas motos quando parados para ver se tava paralizado já foram agredidos ! Imagens de segurança da Petrobrás e fotos tiradas no local podem comprovar isso é sera utilizada no processo !!

  • Informações inverídicas, em nenhum momento os bombeiros tentaram furar o bloqueio, tiveram suas motos jogadas no chão e foram agredidos no mesmo instante que cheram a portaria, não tiveram chance de se defender, uma covardia!

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