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Obra paralisada da UPA Perequê-Mirim resulta em processo contra ex-prefeito

Tamoios News
Foto: Cláudio Gomes/PMC

Antonio Carlos quebra o silêncio e fala sobre ação movida pela atual gestão

 


Por Adriana Coutinho

O juiz João Mário Estevam da Silva, de Caraguatatuba, determinou nesta segunda-feira (8) a indisponibilidade dos bens de Antonio Carlos da Silva (ex-prefeito), Gilson Mendes de Souza (ex-secretário de obras públicas), João Benavides Alarcon (ex-secretário de obras públicas, que sucedeu Gilson) e da empresa Volpp Construtora e Transportes Ltda, após uma ação civil pública movida pela atual gestão contra a anterior, por ato de improbidade administrativa.

O motivo seria uma série de irregularidades apontadas para a construção da Unidade de Pronto Atendimento UPA do Bairro Perequê- Mirim. O juiz solicitou também o ressarcimento integral do eventual prejuízo ou dano ao Erário Público, até o limite de R$ 456 mil, assim como multa civil na ordem de R$ 2,7 milhões.

As obras foram iniciadas em 2013 e, baseada na ação impetrada pela atual gestão, a morosidade resultou em aditamentos e medições contraditórias, e pagamentos por serviços não realizados pela empresa Volpp. O valor da obra de construção da Upa Perequê-Mirim era de R$ 3,5 milhões pelo prazo de 18 meses. A atual gestão paralisou a obra durante todo o ano de 2017 e moveu a ação.

Consciência tranquila – A reportagem entrou em contato com o ex-prefeito Antonio Carlos da Silva, que se manifestou sobre a ação – “Sobre a obra, foi abandonada pela gestão atual e durante todo esse ano, foi alvo de depredação, vandalismo e furtos. Estamos tranquilos quanto à qualidade dos serviços, assim como quanto às medições realizadas e pagas e vamos nos defender desse posicionamento”.

O ex-prefeito citou os engenheiros envolvidos na ação e afirmou que são pessoas de sua confiança, participaram de suas gestões e com eles visitava as obras e acompanhava os serviços realizados na cidade durante todos esses anos.

“É lamentável ter uma sentença sem ouvir a defesa, baseada em calúnias, apontadas por pessoas sem nenhuma prerrogativa técnica para esse diagnóstico. Estamos aqui para sermos responsáveis, enfrentar e dar as respostas sobre todos os nossos atos, uma administração que transformou esse município.  Sempre pedi a Deus que a atual Administração desse a continuidade ao que foi feito. Mas está tudo deteriorado. Isso sim, deve ser investigado e apurado”, considera.

Antonio Carlos afirma ter consciência tranquila do período que foi responsável pela gestão do dinheiro público na cidade. “Eu tenho a consciência muito tranquila em relação a todos os meus atos na gestão da cidade de Caraguatatuba nesses 16 anos como prefeito, quando construímos essa cidade, com toda a infraestrutura, políticas públicas diferenciadas, na educação, para o idoso, no esporte, cultura, segurança e saúde e entregamos para o meu sucessor uma empresa pública com recursos em caixa e sem dívidas. Caraguatatuba em dezembro de 2017, tinha R$ 220 milhões para investimentos. Gostaria de saber onde estão os recursos do município agora, nessa gestão?”.

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