Economia

Depois de novas negociações, greve dos bancos continua

Tamoios News
Foto: Gustavo Nascimento

Em duas rodadas de conversas, os grevistas não aceitaram as propostas dos bancos, segundo eles, abaixo da inflação

Por Ricardo Hiar, de São Sebastião

A assembleia que poderia decidir o destino da greve dos bancários e que reuniu representantes da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) terminou sem acordo na quarta-feira (28).

Os bancários decidiram manter a greve, que entrou no 24º dia nesta quinta (29). Foram duas rodadas de conversas e em ambas a categoria em greve, rejeitou o que foi oferecido pelos bancos. Uma nova reunião deve ocorrer na próxima sexta-feira (30).

Pelo balanço divulgado na quarta-feira, 13.254 agências e 28 centros administrativos estavam com atividades paralisadas. O número representa 57% das locais de trabalho em todo o Brasil.

A greve já é mais longa do que a realizada pelos bancários no ano passado, que durou 21 dias. Segundo a Contraf-CUT, a greve mais longa da categoria na história foi em 1951 e durou 69 dias. Nos últimos anos, a maior foi a de 2004, com 30 dias.

De acordo com Rafael Rodrigues, diretor do sindicato dos bancários no litoral norte, a proposta dos bancos na última rodada de negociações ficou em 7%, com um acréscimo de R$ 200 no abono. Com isso, os banqueiros arredondaram esse benefício para R$ 3500, que seria pago em até dez dias após o fim das paralisações.

Segundo Rodrigues, as negociações continuam nesta quinta-feira (29). Ele destaca que a categoria considera injusto esse impasse e a falta de proposta dos bancos, em virtude dos altos valores que eles arrecadam. “Vale ressaltar que só nos seis primeiros meses deste ano, os cinco maiores bancos lucraram R$ 30 bilhões, praticando os maiores juros do mundo. Não existe crise no setor bancário”, completou.

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