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Maioria dos brasileiros aprova os jogos de azar após conhecer as vantagens da legalização

Tamoios News
Divulgação

A legalização dos jogos de azar é um assunto que, vira e mexe, volta ser a pauta política no Brasil, e a discussão sobre o tema já dura décadas. Porém, mesmo que a passos lentos, a regularização da prática tem tudo para finalmente acontecer neste ano. Há pouco tempo, o assunto voltou a ser pauta do Poder Legislativo e Judiciário, sendo que o judiciário irá abordar o tema por um julgamento através do Supremo Tribunal Federal, já que recentemente o Ministério Público do Rio Grande do Sul, contra o acórdão da Turma Recursal Criminal do Estado, chegou ao entendimento de que a criminalização da jogatina não encontra validade na atual ordem constitucional.

Já no Legislativo, senadores como Ângelo Coronel (PSD-BA) têm lutado constantemente para aprovar uma proposta que legalize a jogatina em território nacional. Dessa forma, o portal especializado de notícias BNLData junto ao Instituto Brasileiro Jogo Legal – IJL, contratou o Paraná Pesquisa para realizar uma consulta popular através de entrevistas telefônicas, realizadas entre os dias 15 e 19 de março, para saber qual a opinião do público sobre a regulamentação dos jogos de azar. Cerca de 2086 brasileiros foram consultados, e essa amostra consegue representar a opinião do público em geral com um grau de confiança de 95%, onde há uma estimativa de erro de aproximadamente 2%, para mais ou para menos.

Grande parte é favorável

Antes de questionar os entrevistados sobre sua opinião em relação ao tema, o Paraná Pesquisas lhes apresentou quais seriam as vantagens econômicas para o Brasil com a legalização dos jogos de azar, desde a geração de mais empregos e ganhos com outorgas para implantação de casas especializadas, ao aumento na arrecadação de impostos. Após os participantes tomarem conhecimento dessas informações, cerca de 58% dos entrevistados se mostraram a favor da legalização de todos os tipos de jogos de azar no Brasil, enquanto 35,1% se mostraram contrários à medida, e 6,9% não sabem/não respondeu. Houve também a consulta sobre a legalização das modalidades de jogatina separadamente: jogo do bicho, cassino, bingo, jogatina online e caça-níquel. Dentre essas modalidades mencionadas, somente a regularização dos cassinos deixou a opinião pública dividida, já que 45,5% se mostraram a favor, enquanto 46,1% contra e 8,4% não souberam ou não opinaram. Outro ponto que chamou a atenção é que as mulheres apresentam uma maior resistência à regulamentação dos cassinos – somente 35,4% delas são a favor da ideia, enquanto no público masculino, 56,9% é a favor dessa proposta. Em relação à escolaridade, 53% dos participantes com ensino superior são favoráveis.

Enquanto a legalização dos cassinos dividiu muito a opinião dos participantes, a regulamentação do jogo online foi o que apresentou maior índice de aprovação no estudo, com 48,8% favoráveis, 43,7% contrários e 7,5% não sabendo responder / não responderam. Na verdade, algumas casas de apostas virtuais já atuam no Brasil, como a leovegas sport que tem sede no exterior e por isso é capaz de ofertar os seus serviços em território tupiniquim. Neste tópico, mais uma vez os homens lideraram a aprovação, cerca de 63,9% estão de acordo com a prática. Ademais, quem puxa essa elevada aprovação são os jovens entre 16 e 24 anos, já que 73,5% estão de acordo com a legalização do jogo online.

Quando os participantes foram perguntados, “Caso os jogos venham ser legalizados no Brasil, em sua opinião, isso geraria muitos empregos?”, 74,5% deles acredita que sim, 17% que não e 8,5% não sabem/não respondeu. O estudo também indagou aos entrevistados se eles aprovaram a legalização da jogatina no Brasil como uma alternativa para o pagamento do auxílio emergencial durante a crise sanitária. E mais uma vez a maioria dos participantes se mostrou a favor da proposta, 56,8%, enquanto 35,9% não estão de acordo e 7,4% não sabe/ não respondeu.

Redator(a) – Allana Freitas de Jesus