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Polícia apreende em marina de Ilhabela lancha ligada ao traficante André do Rap

Tamoios News
Lancha apreendida na Ilha. Foto: Divulgação

A Divisão Antissequestro, do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas), localizou em uma marina de Ilhabela, uma lancha ligada ao traficante André do Rap, preso em Angra dos Reis, no mês passado, considerado um dos maiores exportadores de cocaína do país, ligado ao PCC.

A lancha foi apreendida nesta quarta(16) pela polícia civil de Ilhabela. A embarcação, segundo o Dope, estaria no mesmo nome da pessoa que era proprietária de um helicóptero apreendido com André do Rap em Angra.

O Dope informou que a apreensão da embarcação foi feita em uma marina no Saco da Capela. No interior da lancha foram localizados um espelho de RG em branco e alguns documentos

Logo após a prisão de André do Rap a Dope havia apurado que o traficante tinha 44 embarcações sendo comercializadas em Ilhabela e Guarujá. As embarcações estavam sendo vendidas em consignação.

O Dope passou a pesquisar os proprietários das lanchas que estavam sendo comercializadas pelo traficante. Um dos proprietários envolvidos teria confirmado que colocou a embarcação a venda, mas que desconhecia o envolvimento do traficante no negócio

André do Rap

André do Rap é acusado de comandar a exportação de drogas da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para a Europa e que teria ligação com a máfia italiana  ‘Ndrangheta”. Segundo a polícia, ele mantinha revenda de barcos em Ilhabela e no Guarujá.

O traficante André de Oliveira Macedo, o André do Rap, era procurado pela polícia paulista desde 2014. Ele era considerado um dos maiores traficantes de cocaína do país e foi preso no dia 15 de setembro, em uma mansão, em Angra dos Reis, no litoral fluminense.

Mansão em Angra onde o traficante morava há dois anos. Foto: Reprodução TV Band

Na ocasião de sua prisão, a polícia apreendeu dois helicópteros, uma lancha avaliada em R$ 6 milhões e um Porsche Macan. Segundo as investigações, André embarcava a cocaína em navios no Porto de Santos, no litoral paulista, com destino a portos no sul do continente europeu, principalmente na Itália.

Logo em seguida, polícia paulista descobriu que André do Rap mantinha duas revendas de barcos, onde estão 44 embarcações. A polícia suspeita que o traficante, usava as revendas de Ilhabela e do Guarujá, para lavagem do dinheiro do tráfico.

André do Rap usava as revendas de Ilhabela e Guarujá para lavar o dinheiro do tráfico. Foto: Divulgação

O delegado Fábio Pinheiro, da Divisão Antissequestro do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), disse à imprensa, que está tentando identificar os proprietários das embarcações que eram comercializadas em sistema de consignação nas revendas da Ilha e Guarujá.

A polícia não revelou o nome e nem a localização das revendas utilizadas pelo traficante em Ilhabela e no Guarujá porque as investigações ainda estão em andamento.  Um dos donos de uma lancha que estava à venda em uma das revendas argumentou que teria deixado o barco para vender desconhecendo que a loja pertencia ao traficante.