A greve iniciada ontem pelos motoristas da Praiamar Transportes, responsável pelo transporte urbano em Caraguá, já prejudica os usuários de cinco linhas na cidade.
É que a empresa está operando com apenas 60% de seus veículos. Os grevistas continuam em frente a sede da Praiamar, situada no Jardim Gaivotas, impedindo a saída dos ônibus.
Dos 50 ônibus utilizados para atender os usuários do transporte coletivo na cidade, diariamente, apenas 30 estão em operação, desde ontem, quando a greve foi iniciada.
Estão tendo dificuldades em utilizar os coletivos usuários dos bairros da Olaria, Martin, Getuba e Canta Galo, segundo a Praiamar.
Segundo informações, trabalhadores e estudantes desses bairros já estariam apelando para carona ou até mesmo utilizando bicicleta para irem trabalhar ou estudar.
Outras pessoas estão sendo obrigadas a caminhar até a rodovia Rio-Santos para poderem utilizar os coletivos que não estão adentrando seus bairros.
Entre as linhas que não estão operando devido a greve estão: a linha Olaria via Martim de Sá; Olaria via Getuba e a linha que atende o bairro do Canta Galo.
Ontem, os grevistas chegaram a furar os pneus de alguns coletivos, mas nesta terça, não houve registro de nenhum tipo de depredação nos coletivos da empresa.
A greve foi iniciada ontem(5) devido a indefinição da empresa em aceitar às reivindicações de m melhorias salariais feitas pelo sindicato da categoria.
Prefeitura.
A Prefeitura de Caraguatatuba, por meio da Secretaria de Comunicação, informou que vem acompanhando o movimento grevista deflagrado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário, Urbanos, Cargas e Anexos do Litoral Norte (Sttruca).
A equipe do Setor de Transportes, ligada a Secretaria de Mobilidade Urbana e Proteção ao Cidadão de Caraguatatuba, tem circulado em diversos pontos da cidade fiscalizando se a determinação por parte do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas vem sendo cumprida, ou seja, se 60% da frota da empresa de transporte coletivo está circulando.
A Prefeitura de Caraguatatuba esclarece ainda que continua acompanhando o movimento e ressalta que qualquer anormalidade que seja identificada, medidas jurídicas emergenciais serão tomadas pela administração para garantir o funcionamento do transporte coletivo na cidade e evitar um maior prejuízo aos usuários.
A administração informou ainda que a negociação salarial da empresa com seus motoristas não têm reflexo direto nenhum com as negociações tarifárias.