Caraguatatuba Saúde

Crianças de seis meses a menores de cinco anos recebem reforço da Vacina contra Sarampo em Caraguá

Tamoios News

Litoral Norte tem dez casos da doença, segundo o Estado: são seis casos em Ubatuba, três em Ilhabela e um em Caraguatatuba

De 7 a 25 de outubro, a Prefeitura de Caraguatatuba, por meio da Secretaria de Saúde, realiza a primeira etapa de reforço da Campanha de Vacinação Contra o Sarampo. A cidade registrou um caso de sarampo.

Nestas datas, serão vacinadas crianças de seis meses a menores de cinco anos (4 anos, 11 meses e 29 dias) em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) com exceção da UBS Tabatinga.

Segundo a Secretaria de Saúde, esta será uma vacinação seletiva, com o objetivo de completar as doses que faltam e vacinar aqueles que nunca se imunizaram.

Até o momento, de janeiro a agosto deste ano, a Secretaria de Saúde de Caraguatatuba registrou 2.006 crianças de seis meses a 1 ano e 3 meses vacinadas. O público alvo infantil estimado era de 1.757 crianças a serem vacinadas. Sendo assim, como os vacinados ultrapassaram a meta esperada, a cobertura vacinal atingida já chega a 155,16%.

Durante a semana, a campanha ocorrerá dentro das unidades segundo horário de cada sala de vacina.

O Dia D da primeira fase será no sábado (19/10) em todas as Unidades Básicas de Saúde do município, incluindo UBS Tabatinga das 8h às 17h.

A segunda etapa da campanha será de 18 a 30 de novembro e tem como público alvo adultos de 20 a 29 anos de idade. Esta segunda fase também ocorrerá em todas as UBSs do município, com exceção da UBS Tabatinga.

Nesta fase, o Dia D será realizado no sábado (30/11) na Praça Dr. Cândido Mota, UBS Massaguaçu, UBS Sumaré, UBS Tinga, UBS Porto Novo e UBS Perequê Mirim I.

Segundo o Ministério da Saúde, não há uma estimativa para a cobertura vacinal do público adulto, mas a procura tem sido bem maior a cada mês. Em Caraguatatuba, a cidade já registra 3.391 pessoas de 20 a 59 anos vacinadas de janeiro a agosto de 2019.

Estado/Cenário epidemiológico

O Centro de Vigilância Epidemiológica estadual realiza monitoramento contínuo da circulação do vírus. Neste ano, até o momento, há 5.411 casos confirmados laboratorialmente. Considerando que o vírus já circula em todo o território paulista, conforme prevê no Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, a partir de agora o Estado passa também confirmar casos com base no critério clínico-epidemiológico (ou seja, com base em sintomas e avaliação médica), confirmando outros 976 casos. Cerca de 59% do total de casos se concentram na capital (confira dados por municípios no link).

Todos os óbitos pela doença têm confirmação laboratorial e, neste ano, houve nove mortes decorrentes de complicações pelo sarampo. No final de agosto foram confirmadas três vítimas, sendo um homem de 42 anos, da capital sem histórico de imunização contra a doença, e dois bebês – uma menina de quatro meses, de Osasco; e um garoto de nove meses, também da cidade de São Paulo. Na última semana de setembro, outros dois óbitos na capital: uma mulher de 31 anos sem histórico de vacinação, e um bebê do sexo masculino de 26 dias. Hoje (2), quatro mortes também tiveram confirmação, sendo uma na capital (bebê do sexo feminino, com 11 meses e não vacinada); uma de Itanhaém (mulher de 46 anos, com condições de risco); uma de Francisco Morato (mulher de 59 anos, sem histórico vacinal); e uma de Osasco (homem de 25 anos, sem registro de vacinação).

 

São consideradas pessoas com condição de risco os portadores de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e imunodeprimidos, que podem ficar mais vulneráveis à infecção e evolução com maior gravidade.

O que é sarampo?

Segundo o Ministério da Saúde, o sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmitida pela fala, tosse e espirro, e extremamente  contagiosa, mas que pode ser prevenida pela vacina. Pode ser contraída por pessoas de qualquer idade.

As complicações infecciosas contribuem para a gravidade da doença, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. Em algumas partes do mundo, a doença é uma das principais causas de morbimortalidade entre crianças menores de cinco anos de idade.

Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo. Atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. Além disso, alguns casos isolados e relacionados à importação foram identificados em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro.

Contágio

A Secretaria de Saúde de Caraguatatuba alerta que o contágio do sarampo é feito por via respiratória, o que aumenta ainda mais a importância da prevenção pois trata-se de doença com alto índice de contaminação. Cada paciente contaminado pode transmitir a doença para até outras 20 pessoas sadias.

Sintomas

– Febre alta, acima de 38,5°C;

– Dor de cabeça;

– Manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, se espalham pelo corpo

– Tosse;

– Coriza;

– Conjuntivite;

– Manchas brancas que aparecem na mucosa bucal conhecida como sinal de koplik, que antecede de 1 a 2 dias antes do aparecimento das manchas vermelhas.