Apesar da pandemia do novo coronavírus as prefeituras do Litoral Norte continuam suas ações contra a dengue que já soma 1.124 casos confirmados e duas mortes na região.
A cidade de Caraguatatuba é a que tem o maior número de registro de dengue, são 615 casos. Ilhabela tem 218 casos; São Sebastião, 166; e, Ubatuba, 141 casos de dengue.
As duas mortes ocorridas por dengue este ano ocorreram em Ilhabela e São Sebastião. Não existe registro de mortes pela doença em Caraguatatuba e Ubatuba.
Caraguatatuba teve 2.336 casos entre janeiro e maio de 2019. Este ano, segundo a prefeitura, no mesmo período, houve uma redução de 75% no número de casos. No ano passado a cidade registrou sete mortes por dengue.
Em Caraguatatuba, agentes de saúde continuam visitando casa a casa conscientizando os moradores sobre os riscos dos criadouros e a prefeitura faz operações “Bota Fora” em todos os bairros. Esta semana, as ações ocorrem no bairro do Jetuba, na região norte da cidade.
Em São Sebastião, segundo a prefeitura, o número de casos este ano caiu cerca de 485% em comparação ao total de casos registrados no mesmo período do ano passado, 706.
A prefeitura afirma que a queda no número de casos deve-se as ações de bloqueio e as visitas casa a casa para eliminação dos criadouros do Aedes aegypti e a nebulização feita nos bairros.
A secretaria de Saúde foi obrigada a interromper a aplicação de inseticidas nos bairros por solicitação de entidades ambientalistas.
A prefeitura já passou com o chamado “fumacê” em vários bairros das regiões centro, norte e sul. Segundo a prefeitura, após a parada do serviço, a pedido de ambientalistas, a aplicação do inseticida deverá ser retomada nos bairros.
A prefeitura de Ubatuba, que ainda investiga 442 casos suspeitos de dengue, tem intensificado as ações para evitar a proliferação do mosquito se focam sobre tudo na eliminação de possíveis criadouros.
Desde o início do ano, por meio da divisão de controle de endemias da Vigilância Ambiental, foram vistoriados 32.797 imóveis. Desse total, 4.494 foram tratados com aplicação de larvicida e inseticida, realizada em um raio de até 500 metros do local da confirmação de casos.
Segundo a prefeitura, o ambiente da casa é onde se encontra o maior número de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Por isso, é importante que os moradores verifiquem regularmente itens que possam acumular água parada para evitar que o mosquito se prolifere.
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Ações necessárias
– Manter lixeiras tampadas e protegidas de chuvas
– Lavar bebedouros e potes de ração animal pelo menos duas vezes por semana
– Verificar suportes de garrafão de água mineral, coletores de água da geladeira e de ar-condicionado e até porta escova de dentes
– Guardar garrafas, potes e baldes em locais cobertos com a boca para baixo
– Limpar as calhas regularmente para remover folhas que impeçam a passagem da água
– Manter as lajes sempre secas, não deixe água se acumular
– Consertar e nivelar imperfeições em pisos e locais que possam acumular água
– Objetos como pneus, tampinhas, copos descartáveis e outros itens que acumulam água devem ser embalados em um saco plástico e mantidos em lugares cobertos para evitar o acúmulo de água da chuva
– Colocar areia até a borda em pratinhos de vasos de plantas, verifique sempre ralos internos e externos, privadas e caixas d’água