São Sebastião

Após greve, funcionários do Porto de São Sebastião retornam aos postos de trabalho e aguardam resultado do dissídio coletivo

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Cerca de 130 pessoas aderiram à paralisação nesta terça-feira (9); Funcionários não concordaram com proposta da Companhia Docas

Por Gustavo Nascimento, de São Sebastião

 

Aproximadamente 130 trabalhadores da Companhia Docas de São Sebastião cruzaram os braços nesta terça-feira (9) desde o início da manhã. A greve, coordenada pelo Sindaport (Sindicato dos Empregados na Administração Portuária), atingiu os setores administrativo, operacional, guarda portuária, meio ambiente, entre outros.

A categoria exigia o reajuste de 10,4% nos salários e que este índice fosse aplicado nos mesmos moldes que o Governo do Estado concedeu aos funcionários de outras empresas que administra como o Metrô, Sabesp e a Dersa. “Essas empresas conseguiram este índice em duas parcelas iguais de 5,2%, por isso os portuários de São Sebastião exigem o mesmo tratamento”, explicou o presidente do Sindaport, Everandy Cirino.

A greve foi motivada após assembleia realizada na manhã da segunda-feira (8) em São Paulo e em São Sebastião, quando a categoria recusou a proposta da empresa. Segundo o sindicato da classe, a Companhia Docas informou que não reajustaria os salários dos trabalhadores e só formalizou uma proposta quando foi publicado o edital de greve. 

Na primeira proposta da empresa, foi oferecida garantia da data base, reajuste de 8,5%, sendo 3% em agosto e 5,5% em janeiro de 2017. O pagamento da diferença da data base de maio seria efetuado em três parcelas, nos meses de agosto, setembro e outubro deste ano, mantendo as demais cláusulas do acordo vigente. 

Após o término da assembleia e a manutenção da greve, a Sindaport foi procurada pela Companhia Docas de São Sebastião, que apresentou uma nova proposta.

De acordo com a categoria, foi proposto garantia da data-base, reajuste de 9,83%, sendo: 4,83% em agosto deste ano (pagos em três parcelas nos meses de agosto, setembro e outubro de 2016) e 5% em janeiro de 2017, e o mesmo índice aplicado nos benefícios de vale-refeição e vale-alimentação. No entanto, a greve foi mantida pelos trabalhadores.

Ao Tamoios News, um dos diretores do sindicato, Edilson de Paula, disse que no início da tarde de hoje, a Cia Docas de São Sebastião chegou a oferecer uma nova proposta, de forma verbal, que chegava ao percentual de reajuste exigido pelos trabalhadores, mas com índices divididos em 5,02% referentes a maio (data base) e outros 5,02% aplicados no próximo mês de novembro. 

A categoria não concordou com a proposta apresentada pela presidência da empresa e manteve a greve até o final da tarde de hoje, quando foi instaurado o dissídio no poder judiciário para negociação entre as partes envolvidas. A previsão, segundo o sindicato, é que os trabalhadores comecem a retornar aos postos de trabalho por volta das 19h desta terça-feira (9).

Outro Lado

Em nota, a Companhia Docas de São Sebastião informou que ofereceu aos funcionários, na segunda-feira (8), o reajuste salarial de 10,04%, porém a proposta não foi aceita. 

“É importante esclarecer que essa proposta final, inclusive com a forma de pagamento anteriormente solicitada, atendia ao pleito feito pelo próprio sindicado”, esclareceu.

A Companhia afirmou também que sempre esteve aberta ao diálogo e à negociação com seus funcionários e o sindicato que os representa, como também sempre procurou atender aos pleitos dentro do que é possível. “Inclusive, manteve negociação para chegar à proposta apresentada ontem, uma vez que o reajuste inicialmente proposto era de 8,5%. Vale ressaltar que a greve foi aderida por uma parcela dos funcionários e não engloba todo o quadro de colaboradores da Companhia”, finalizou a Companhia Docas.

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