Tecnologia Ubatuba

Estudantes de Ubatuba programam lançamento de segundo satélite em 2020

Tamoios News

Um novo satélite, que está sendo construído por alunos da Escola Tancredo Neves de Ubatuba, com a orientação do professor Cândido Moura, deverá ser lançado em abril de 2020. Em dezembro de 2016, o Ubatubasat, criado por Cândido e seus alunos foi lançado do Centro Espacial Tanegashima, no Japão.

O professor da rede municipal de Educação de Ubatuba, Cândido de Moura, encontrou-se com o Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, na última sexta(16), durante a posse do novo Presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, em São José dos Campos, para tratar dos detalhes do segundo lançamento de um satélite produzido por seus alunos.

Professor Cândido Moura em encontro como ministro Marcos Pontes, em São José dos Campos

O novo equipamento está sendo desenvolvido pelos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental e do 3° ano do Ensino Médio da EM Tancredo de Almeida Neves, de Ubatuba.

Moura aproveitou o encontro para agilizar algumas providências, entre elas, os recursos necessários e o custeamento dos testes que estão acontecendo dentro do INPE.

Segundo Moura, “o ministro demonstrou muita animação com todo o projeto e garantiu que fará o possível para apoiar essa empreitada”.

Ubatubasat

O satélite conhecido como UbatubaSat, desenvolvido por alunos do ensino fundamental de Ubatuba (SP), foi lançado no dia 9 de dezembro de 2016, do Centro Espacial Tanegashima, no Japão, para a Estação Espacial Internacional (ISS).

Ubatubasat lançado em 2016

O UbatubaSat demorou três anos para ser concretizado e ser lançado. O projeto UbatubaSat foi idealizado pelo professor de física Cândido Osvaldo de Moura. A iniciativa surgiu no início de 2010, quando ele teve conhecimento de que uma empresa norte-americana estava desenvolvendo um veículo lançador e vendia os kits de montagem de pequenos satélites que pudessem ser lançados pela empresa.

Cândido levou o desafio para a sala de aula. Na época, ele era professor de matemática da Escola Municipal Presidente Tancredo de Almeida Neves (Etec), em Ubatuba. “A gente achou que seria interessante fazer um satélite desses com os alunos da quinta série. Eles tinham em média dez anos de idade e poderiam ser os mais jovens do mundo a desenvolver um projeto espacial”, contou o professor.

O professor Cândido explicou que este tipo de satélite pequeno foi criado nos anos 1990 para servir como experiência pedagógica nas universidades. Com apoio técnico e financeiro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Agência Espacial Brasileira (AEB), o professor adaptou a experiência para os alunos mais jovens.

O satélite levou três anos para ficar pronto. A construção foi conduzida por seis alunos, mas desde 2010 cerca de 400 estudantes já passaram pelo projeto, que engloba outras atividades de desenvolvimento científico.

Quando do lançamento do Ubatubasat, em dezembro de 2016, Cândido e seus alunos acompanharam o lançamento do satélite da sede do Inpe, em São José dos Campos (SP). “A maior conquista é o aprendizado do aluno. O que a gente quis foi colocar [os alunos] em contato com a ciência e a tecnologia desde cedo. Este sucesso a gente já conquistou”, disse Cândido, na ocasião.