Caraguatatuba

Presidente do Fundo Social de Caraguatatuba pretende ampliar programas e estimular independência financeira e social da comunidade

Tamoios News
Foto: Arquivo da Família

Casada há nove anos com Aguilar Júnior, ela diz que vai apoiar o marido na gestão e pretende ampliar o olhar sobre as comunidades mais carentes da cidade

Por Ricardo Hiar, de Caraguatatuba

Samara Fraschetti Bastos de Aguilar, 36 anos, nasceu em Americana no interior de São Paulo. Casada há nove anos com José Pereira de Aguilar Júnior, ela conta que a relação com Caraguatatuba nasceu bem antes. Na verdade, seus pais já frequentavam a cidade, antes de seu nascimento. Em 1995, quando Samara tinha 15 anos, os pais arrendaram uma sorveteria na Martim de Sá e a família se mudou para o município.

A família acabou retornando para Americana pouco tempo depois, mas a estadia pelo litoral mudou certamente sua trajetória de vida. “O Júnior diz que meu pai só arrendou essa sorveteria para a gente se conhecer”, comentou. Isso porque em Caraguá, Samara que tem a mesma idade do esposo, foi estudar no mesmo colégio e o conheceu. Mesmo retornando ao interior, não perdeu mais o contato.

O namoro, no entanto, começou quatro anos depois, nas férias de janeiro, quando ela já cursava a faculdade de Administração Hoteleira em Bragança Paulista. Tempos depois, transferiu o curso para São Paulo, onde foi certificada pelo Senac. Samara trabalhou no ramo de hotelaria, mas depois, já com intenção de casar, participou de um processo seletivo no Banco Santander, passou e se mudou de vez para Caraguatatuba. O casamento aconteceu em dezembro de 2007 e a união resultou no nascimento das filhas Ana Luiza, 6 e Giovana, 4.

Na cidade, ela também chegou a trabalhar na área administrativa da UTGCA, até que engravidou e ficou um tempo com dedicação exclusiva à família. Quando voltou a trabalhar, foi já para a Zelar, empresa da família no ramo da construção.

Para a administradora, atuar na prefeitura é algo sério e que precisa de visão. Ela conta que seu objetivo é melhorar o campo social e estimular as pessoas à independência, tanto financeira, quanto social. Ela acredita que a educação pode transformar. Em entrevista exclusiva ao Tamoios News, ela falou sobre seu envolvimento da política, sobre o que espera da gestão de Aguilar e também do seu desempenho frente ao Fundo social.

Tamoios News (TN) – Como que você viu o momento quando o Aguilar Junior resolver tomar esse rumo político?

Samara (S) – Na verdade nós já sabíamos que em algum momento o Júnior entraria na polícia. Não sabíamos qual seria ao certo esse momento. Foi engraçado que recebi a mensagem de uma amiga, quando soube que ele seria o candidato a prefeito, falando que ela tinha certeza que cedo ou tarde ele tomaria essa decisão. As pessoas tinham essa visão, quem conviveu com a gente mais próximo já sentia isso. Fomos visitar meus pais em Americana e ao retornar, passamos no nossos sogros para dar um beijo neles. O Aguilar chamou o Júnior e disse que seriam grandes os desafios para ser o candidato, apesar de não ter processos que os impediam. Ele disse que considerava o filho preparado para ser esse candidato e perguntou se ele aceitava. Júnior aceitou de pronto e perguntou se eu encarava junto. Eu estarei sempre com ele para o que precisar e o que decidir. Ele foi gigante, não esperava nada diferente dele. Mas ver ele desenvolvendo, buscando cada voto, foi muito legal.

Foto: Arquivo da Família

TN – Mas você acreditava nesse resultado?

S – Sim, eu sempre acreditei nesse resultado. Tivemos alguns medos em certos momentos, mas eu sempre acreditei. Ele é muito centrado nos objetivos dele.

TN – Você e seus familiares já tinham contato com a política?

S – Não, foi com a família Aguilar que fui apresentada e inserida na política.

TN – E qual a sua visão sobre a política?

S – Acho algo muito promissor. É preciso tomar um certo cuidado, em relação ao passado e hoje. As cidades precisam ser administradas, cuidadas, como uma empresa. Ela funciona como uma empresa. A política está se transformando aos poucos. É algo que as pessoas pediam e precisavam. Elas precisam de um olhar dinâmico, participativo. Não cabe na política você tomar decisões sozinho e impor sua vontade.

TN – E como você pretende exercer a sua função? Por onde você espera começar?

S – Temos estudado muito, entendido como funcionam os projetos em outras cidades. No Estado isso já é formatado e em Caraguatatuba alguns desses projetos já são desenvolvidos. Mas muitas ideias estão surgindo e tem muitos projetos por vir. Esperamos contar com apoio de empresas nessas iniciativas. Em princípio já tem aqueles do Estado, como o Polo de Moda, cursos na Construção Civil. Existem em pequena escala. A ideia é ampliar para os bairros. O Fundo Social tem sede no Travessão, mas pensamos em trazer ele para a região central da cidade, próximo da rodoviária, onde o acesso fica mais fácil. Centralizar a estrutura física e descentralizar as ações pelos bairros.

TN – O fundo tem alguma dotação

S – Não, assim como não sou nomeada secretária, ele não tem dotação. São ações voluntárias. Os projetos precisam de envolvimento social. Por isso é preciso envolver as pessoas nos projetos. Precisamos promover cursos de qualificação profissional, para que as pessoas entendam a importância disso para elas e para as famílias. Temos que ampará-las, para que entendam como elas podem andar a partir dali. Saber como implantar uma empresa pequena, por exemplo. A ideia é promover a independência emocional e financeira da comunidade.

TN – Você pretende buscar parcerias privadas?

S – Hoje, tudo o que fazemos, somamos forças. Nem o fundo do estado atua sozinho. Vamos buscar essas parcerias. Muitas coisas se descartam por empresas, que poderiam ter utilidade nos projetos. Até porque se não faz as parcerias, não envolve toda a sociedade. O olhar precisa ser de dentro para fora.

TN – Você considera que dá pra atuar de maneira regional? Houve um fato recente em que um evento reuniu primeiras damas do litoral norte, mas você não esteve presente. Nas redes, algumas manifestações apontaram que você não foi convidada. O que você diz sobre isso?

S – Eu acredito que sim, é possível derrubar barreiras. Sobre esse encontro, eu não soube dele, ninguém me falou. Diferenças políticas existem, fazem parte do dia a dia, mas não governamos para a gente. Um dos desafios é enxergar de forma regional, pois assim podemos somar mais. Isso não me traz medo nenhum e não acredito que vamos ter qualquer tipo de problema. Quando pensarmos juntos, somar as forças das quatro cidades, os resultados serão mais eficazes.

TN – Para finalizar, qual a primeira dama que você pretende ser e qual prefeito você espera que seu marido seja?

S – Eu estou muito otimista em relação a gestão de Aguilar Junior, porque tem muita verdade no que ele faz e diz. Qualquer passo que ele dará, sei que será para melhorar a cidade. O diferencial dessa administração será olhar pela população. Na escola ele era um dos melhores alunos da escola. Isso é dele, não se moldou para ser prefeito, é a essência e será muito positivo para Caraguá.

Já o meu papel é principalmente de olhar, de entender o que as pessoas precisam, buscar apoio, na iniciativa privada, mostrar para as pessoas o que estamos fazendo para que entendam nossos objetivos. Quero que a gente tenha condições de ajudar as pessoas que precisam se enquadrar na sociedade.

Não é porque participa de um projeto de capacitação profissional, que qualquer indivíduo não possa doar seu tempo e conhecimentos para alguém que também precisa de apoia. Espero que todos tenham uma comunidade com mais qualidade de vida.

Deixe um Comentário

O Tamoios News isenta-se completamente de qualquer responsabilidade sobre os comentários publicados. Os comentários são de inteira responsabilidade do usuário (leitor) que o publica.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.