Estruturas como o galpão do CIP (Centro Integrado Profissionalizante) e Almoxarifado Central operam em condições desfavoráveis para os funcionários públicos e também no atendimento à população
Por Gustavo Nascimento, de São Sebastião
No quarto dia útil das novas gestões municipais, a Prefeitura de São Sebastião convidou a imprensa local para mostrar o estado em que foram encontrados alguns dos prédios públicos da região central da cidade.
Foram apresentadas aos participantes as estruturas do CIP (Centro Integrado Profissionalizante), localizado na Topolândia; o Almoxarifado Central, que concentra materiais para uso de secretarias como a Saúde e Educação; a UPA (Unidade de Pronto atendimento), que teve atendimento suspenso; e um imóvel do Fundo Social de Solidariedade, que está sendo utilizado como depósito de doações.
O galpão do CIP foi construído na gestão do então prefeito Juan Garcia (2005-2008) e sua destinação era a de atender os cursos de aprendizagem industrial oferecidos em um convênio do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) firmado com o município.
O local, atualmente, concentra uma série de eletrodomésticos de linha branca, sofás ainda lacrados e mais de 80 colchões plastificados. Segundo as primeiras informações, parte dos equipamentos seria destinado ao Hospital da Costa Sul, no bairro de Boiçucanga. No entanto, todos os materiais constarão em um inventário para que seja destinada a finalidade correta.
Depois, a imprensa conheceu as instalações do Almoxarifado Central. O prédio funciona sem ventilação e com outros problemas estruturais, como infiltrações. Funcionários ouvidos no local pelo Tamoios News afirmaram à reportagem que, quando houve chuvas fortes, parte do material chegou a ser prejudicado devido às goteiras.
No espaço onde são guardados os medicamentos para abastecimento das UBS e PSF da cidade, a situação também é complicada. A temperatura ideal para armazenamento é de 28 graus, porém, devido ao prédio ser antigo e a ventilação estar comprometida, a assessoria de imprensa da prefeitura afirmou que a temperatura alcança 40 graus nos dias mais quentes de Verão.
Já no Fundo Social de Solidariedade, os funcionários apresentaram à reportagem um galpão que funciona em frente à sede, na rua Sebastião Silvestre Neves. No prédio, alugado pela prefeitura por R$ 1.800 mensais, foram encontrados roupas, colchões, maca de hospital, jogos de lençol e demais itens que são frutos de doação de cidadãos e empresas.
Providências – Ao Tamoios News, a atual administração informou apenas agora, depois de assumir a gestão, está sendo possível conhecer a situação e dificuldades da cidade. Os problemas estão sendo identificados para que soluções sejam buscadas e sanadas.
A primeira medida adotada, logo na segunda-feira, foi decretar a suspensão por 60 dias de todos os pagamentos de contratos assinados na gestão passada. Segundo o documento, será feita a “suspensão temporária de pagamentos e obrigações contraídas pela administração anterior, em função de auditoria externa”. Apenas os serviços essenciais não entraram nessa medida.
Com relação ao prédio alugado que está servindo de depósito para o Fundo Social, a presidente do Fundo Social, Michelli Veneziani, determinou a previsão de um mês para que todos os ítens sejam catalogados, constem em inventário e sejam reunidos em um bazar da instituição.
De acordo com informações obtidas no local, futuramente o galpão deverá ser devolvido ao proprietário para que o município economize recursos do aluguel.
