ONG busca recursos para manter projetos que visam pesquisa marinha

Iniciativa Pro Mar é custeada por três fundadores; serviços são utilizados por navegadores, operadores de mergulho e turistas que visitam as praias

Por Gustavo Nascimento, de São Sebastião

Executando um serviço de utilidade pública sobre as condições do tempo e do mar, a IPM (Iniciativa Pro Mar) vai além das previsões certeiras sobre rajadas de vento e ondulações marítimas. A ONG, localizada no município de Santos, mantém um projeto focado no registro, monitoramento e criação de políticas públicas para proteção da megafauna marinha da costa paulista.

Mantida por três fundadores, a organização sempre teve um trabalho voluntário e de prestação de serviços à população, principalmente aquela que utiliza embarcações para longas navegações, operadores de mergulho turístico e pessoas que viajam para as praias do litoral. O Portal Tamoios News também já consultou diversas vezes a ONG para noticiar a chegada de ventos fortes que pudessem ocasionar mudanças no clima e no tempo.

“Custeamos tudo, desde a manutenção do barco que compramos para usar nas atividades da ONG, um flexboat de 8,3 metros, todo equipado para pesquisa marinha e mergulho, até camisetas, adesivos e custo para aulas e palestras que costumamos ministrar em eventos, faculdades e escolas, para crianças e adultos”, explicou Guilherme Kodja, que é diretor e um dos fundadores da ONG.

Há duas formas de ajudar o instituto a crescer. Uma delas é pelo voluntariado que recebe principalmente estudantes universitários de biologia, veterinária e oceanografia. A outra é auxiliando no custeio, por meio de doações no site www.contribuaki.com/projetos/somos-todos-pro-mar.

O projeto faz um registro do animal vivo ou morto para um banco de dados públicos. Os especialistas que estudam cada espécie passam a saber mais sobre o animal e a entender mais a respeito deles, tais como a Raia Manta Gigante e o Tubarão Baleia, duas espécies da megafauna carismática que a ONG tem experiência e até publicações científicas internacionais já realizadas.

“O Megafauna Marinha do Brasil hoje é membro até mesmo da European Citizen Science Associarion, com sede em Berlim. Fomos a primeira Organização não Governamental da America Latina a ser filiada”, disse Kodja.

Utilidade Pública – As condições do mar e avisos de mau tempo são realizadas como um hobbie para o fundador Guilherme Kodja. Ao Tamoios News, ele disse que tudo começou em 2003, quando foi sócio de uma escola de mergulho e, com as constantes navegações, virou uma necessidade.

Para que as previsões sejam fiéis ao que realmente vai acontecer, Kodja utiliza sites gratuitos e pagos, assim como serviços de aplicativos em tablet, também com ou sem custos. O mesmo é realizado em modelos diferentes disponíveis para comparação dos resultados.

Saiba mais – Na internet, o site da ONG é http://www.ipromar.org.br e a página no Facebook é https://www.facebook.com/ipromar.