Meio Ambiente Ubatuba Verão

Turistas revindicam monitoramento da qualidade das águas nas praias Brava e Fortaleza em Ubatuba

Tamoios News
Fotos: Raell Nunes

Por Raell Nunes, de Ubatuba

Nos mais de 110 km de extensão que Ubatuba possuiu, há mais de 100 praias que atraem moradores e turistas. Ambientalistas e militantes, favoráveis à proteção da mata atlântica, tentam insistentemente conscientizar a população no que é pertinente à preservação das belezas naturais da cidade.

No entanto, os turistas que visitam Ubatuba estão reclamando de uma situação incômoda que vem acontecendo nas praias ao lado Sul do município, Brava e Fortaleza. Conforme relatam, se o visitante for à praia no período da tarde, com maré alta, poderá ver o lixo retornando. Segundo depoimentos enviados à reportagem do Tamoios News, já foram encontrados cabides, papéis e muita sobra de comida no mar.

De acordo com eles, todos os córregos que desaguam na Fortaleza – e são pelo menos três – , chegam à praia com esgoto e alguns rejeitos. Eles apontam que a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) não faz o devido monitoramento na qualidade e a balneabilidade das praias Fortaleza e Brava. Apesar disso, afirma-se que a Praia Dura é fiscalizada corretamente.

O assunto está movimentando a internet e mobilizando turistas e moradores. Um abaixo-assinado virtual foi criado para pedir providências à Cetesb, como o monitoramento da qualidade das águas das Praias da Fortaleza e Brava.

Para chegar na Fortaleza é preciso entrar na BR 101, km 68, pela estrada da Praia Dura. Adiante, o visitante precisa percorrer uma estrada com cerca de 8 km de distância da rodovia. No decorrer do caminho há um complexo de praias e belezas naturais, que incluem a Vermelha do Sul, do Costa, Bonete e vasta mata vegetal.

Outro agravante deste panorama desfavorável ao meio ambiente são as doenças. O turista Ivan Carlos Maglio, de São Paulo, disse que esteve na Praia da Fortaleza com mais oito pessoas no mês de janeiro e sete delas tiveram problemas com a saúde, sendo que duas foram atendidas na Santa Casa de Ubatuba, com mal estar elevado.

“É uma pena que uma praia tão linda esteja tão abandonada. O Ministério Público de Ubatuba deveria exigir a rede de esgoto na Fortaleza e Brava antes que aquele paraíso fique poluído. Existe tanto desconhecimento que se verifica pessoas com crianças entrando nos córregos, que vêm das áreas ocupadas com esgoto. O rotavírus pode estar disseminado na água que é captada a fio d’água ali mesmo”, acrescentou o visitante paulista.

Sobre o rotavírus, a Santa Casa de Ubatuba informou, em nota, que não tem nenhum caso registrado na instituição. A unidade hospitalar esclareceu que somente os casos de virose aumentam na temporada de Verão, mas não são sintomas do rotavírus.

A reportagem tentou contato com a Cetesb, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

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